sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Agora, Inês é morta. Mas até que vocês saíram bem na foto...


Ato de juízes em frente ao TJ-RJ homenageia magistrada morta
De braços dados, magistrados deram a volta na sede do Tribunal de Justiça.
Patrícia Acioli foi morta a tiros, na sexta (12), na porta de casa, em Niterói.
Patrícia Kappen
Do G1 RJ
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Juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) fizeram, na tarde desta quinta-feira (17), um ato em homenagem à juiza Patrícia Acioli, assassinada a tiros na sexta-feira (12), quando chegava em casa, em Niterói, na Região Metropolitana do estado.

Segundo a Divisão de Homicídios, a juíza sofreu uma emboscada quando chegava em casa, em Piratininga, na Região Oceânica, e foi atingida por 21 tiros.

O ato foi organizado pela Associação dos Magistrados do Brasil e pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj) na calçada em frente à sede do TJ-RJ. Às 17h, foi feito um minuto de silêncio, em seguida, juízes e desembargadores, de braços dados, deram a volta no prédio todo. Em seguida, foi realizada uma missa em homenagem à juíza.
A juíza aposentada Denise Frossard participou da homenagem. Ela afirmou que o ataque à Patrícia foi um “ataque à democracia”: "É lamentável que se tenha mais atenção à essa questão só após a morte da Patrícia. Os juízes agora devem agir com mão de ferro”, disse ela.

Denise Frossard afirmou que na época em que atuava, foram descobertos três planos de atentado contra ela. Na época, a juíza fez o combate ao jogo do bicho. Depois do ato, foi celebrada uma missa no local.
Medidas
O presidente da Amaerj, desembargador Antônio Cesar Siqueira, afirmou que medidas já foram tomadas após a morte de Patrícia, como a formação da comissão de juízes designados a julgar casos na Vara de São Gonçalo, também na Região Metropolitana.
"Vamos sugerir o desaforamento de todos aqueles processos. O crime organizado se acha superior ao poder do estado. Mas a era do faroeste está acabando", afirmou o desembargador Antônio Cesar Siqueira, completando: "O magistrado não faz concurso para morrer".
Uma fita preta foi usada na lapela em sinal de luto. De acordo com Siqueira, ela será usada até que os responsáveis pela morte de Patrícia sejam presos.

Fórum ganha detectores de metais
O Fórum de São Gonçalo, onde trabalhava a juíza Patrícia Acioli, ganhou detectores de metais, aparelhos de raio-X, esteiras para inspeção de bolsa e câmeras de segurança. Os equipamentos servem para aumentar a segurança dos novos juízes que assumiram o local.
O novo sistema de segurança foi inaugurado oficialmente nesta quinta-feira pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJ-RJ), Manoel Rebêlo. O procurador Geral do Ministério Público, Cláudio Lopes participou de uma reunião com o presidente do TJ. O conteúdo da reunião não foi divulgado.
Missa de 7º dia
Na noite de quarta-feira (17), parentes, amigos e colegas de profissão de Patrícia Acioli, participaram da missa de sétimo dia em homenagem à juíza. A cerimônia, realizada na Capela Nossa Senhora das Graças, em Icaraí, também em Niterói, foi marcada por muita emoção, principalmente por parte dos parentes da juíza.
Operação contra transporte irregular
Foram apreendidos 14 veículos piratas durante operação “Forças Aliadas”, realizada pelo Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), nesta quinta-feira (18). A operação começou às 6h e, segundo o Detro, é uma resposta à morte da juíza Patrícia Acioli, que combatia o transporte irregular na Região Metropolitana do Rio. Ela acontece nos municípios de Niterói, Maricá e São Gonçalo.
O desembargador Manoel Alberto Rebêlo informou, na quarta-feira (17), que os policiais do 7º BPM (São Gonçalo), investigados pela 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, serão transferidos para outros batalhões. Eles seguem trabalhando enquanto os caso não são julgados.

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