segunda-feira, 14 de maio de 2012

POR UM ESTADO VERDADEIRAMENTE LAICO!

Texto: Joseclei Nunes (@JosecleiNunes) O fundamentalismo: "Movimento religioso e conservador, nascido entre os protestantes dos E.U.A. no início do século, que enfatiza a interpretação literal da Bíblia como fundamental à vida e à doutrina cristãs [Embora militante, não se trata de movimento unificado, e acaba denominando diferentes tendências protestantes do sXX." (Houaiss) Com aprovação do STF que do direitos a homossexuais, o Brasil começou a viver uma nova era, mas até isso acontecer, esses tipos de leis como outras que estão em votação tem uma forte pressão de fundamentalistas religiosos. Devido a isso, essas massas hoje usam as redes sociais, radio e televisão para poder defender os seus direitos, ou aumentar o preconceito. Mas não só no Brasil, isso acontece em muitos países como até mesmo os estados unidos já sofreram uma pressão de grupos cristãos para atrapalhar uma candidatura ou até mesmo protestar contra leis como, por exemplo, o Irã. Revolução Islâmica do Irã começou como um movimento popular pela democratização e terminou com a criação do primeiro Estado islâmico. O episódio transformou completamente a estrutura social do país e foi um dos momentos que marcaram o século 20. Antes da revolução, o Irã era governado pelo xá Reza Pahlevi. O poder era concentrado dentro de seu círculo de amigos e aliados. A desigualdade entre ricos e pobres se aprofundou nos anos 1970. Críticas à política econômica e ao estilo autoritário do chá estimularam a oposição ao seu regime. Com a Revolução Islâmica, locais sagrados foram confiscados, os bahá’ís impedidos de entrar na universidade ou de receber aposentadoria e demitidos. As assembléias locais, presentes em cada cidade e país, foram banidas e seus integrantes mortos. Na década de 1980, mais de 50 mil bahá’ís que deixaram o Irã para se refugiar em outros países, inclusive o Brasil. Com mais de 7 milhões de seguidores no mundo - 2 milhões deles na Índia, 350 mil no Irã e 150 mil dos Estados Unidos -, a religião bahá’i está entre as dez maiores do mundo e é a segunda mais espalhada, com presença em 178 países, segundo a enciclopédia britânica. Com isso, o Irã virou um país teocrático, dando menos liberdades as pessoas de exporem suas crenças que não seja a islâmica e temos também outros exemplos como a Índia, onde havia uma guerra entre hinduístas e islâmicos, nascendo de um tempo depois o Paquistão. Os EUA também tiveram a sua pressão, pois com uma ideologia que veio séculos antes no iluminismo, o deísmo passou a da mais ênfase no país, pois essa filosofia foi iniciada por Thomas Paine e com isso muitos filósofos e políticos começaram a aderir ao deísmo e um deles foi Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos EUA e o principal autor da declaração da independência. Como diz Karen Armstrong, em seu livro Em nome de Deus, Thomas Jefferson após ser presidente sofreu uma forte pressão dos cristãos fundamentalistas, pois em sua tentativa de reeleição, vários grupos cristãos criaram uma cruzada antideista contra Jefferson pois acharem que ele acabaria com a religião cristã. Isso é apenas o resumo de fato onde o fundamentalismo religioso pode atrapalhar uma evolução. Mas a religião não tem culpa, pois na historia temos belos exemplos que foram iniciados por Jesus e Maomé e outros exemplos como Mather Luther King Jr e Madre Tereza de Calcutá, que usaram o evangelho para o bem, um defendendo uma causa pelos direitos iguais e outra ajudando quem precisa de ajuda. Mas infelizmente é o que não vemos no Brasil, pois á tempo há uma cruzada evangelística que tenta de tudo atrapalhar os planos de uma nação, tentam escolher candidatos, criaram uma só bancada usando seus preceitos. Como já dizia a ex senadora Heloísa Helena no artigo “A Infâmia da Intolerância contra os Vulneráveis Socialmente” ela cita: “É desprezível covardia humana os comportamentos de intolerância e humilhação contra os mais fracos, contra aqueles vulneráveis socialmente e massacrados pela classe social, gênero, cor da pele, orientação sexual, convicção religiosa... isso tem permitido a muitos espancar, violentar, mutilar e assassinar seres humanos. A crueldade desses métodos, dissimulados ou explícitos, tem constituído inaceitável direito por alguns de marcar pela violência imunda e cruel o corpo e a dignidade de outros com a prática que deve ser chamado de crime de racismo, homofobia, intolerância religiosa, machismo e, portanto iniqüidade contra os que pensam, vivem e amam de forma diferente dos padrões e valores hegemonicamente aceitos em nossa sociedade. Ao longo da história da humanidade, sob a égide da intolerância, milhões de vidas humanas foram destruídas pelos preconceitos e pela tentativa de supremacia do poder material e das convicções pessoais ou espirituais de uns sobre o esmagamento da dignidade dos outros.” Com isso eles usam seus precietos literalmente, trazendo a intolerância religiosa, o preconceito e hoje a homofobia e sem falar de temas polêmicos como o aborto e a eutanásia que por enquanto não tem tanta força no Brasil. Como virmos anteriormente, eles hoje usam seus poderes para tentar influenciar até nas eleições, como ano passado que acabou gerando sobre uma certa polemica, pois uma apoiavam candidatos que eram a favor do aborto, sendo outros contras, uns apoivam uma candidata que era crista, mas acha que um plebiscito era o mais certo e outro criticavam e sem falar dos candidatos, que usaram essa fé e todos esses argumentos para ganhar voto, e graças a isso a eleição ficou meio que suja, em determinado a isso. No artigo da revista Le Monde Brasil no artigo “Candidatos em nome de Deus” podemos analisar em alguns textos a questão do fundamentalismo religioso na política: “É na República Velha que um diminuto grupo de protestantes inicia a geração de agentes políticos em cidades brasileiras. Em 1902, o presbiteriano Francisco Augusto Pereira foi prefeito de Lençóis Paulista. O batista Luiz Alexandre de Oliveira foi deputado federal por Mato Grosso; o pastor presbiteriano Antonio Teixeira Gueiros foi vice-governador do Pará. Nos anos 1930, os políticos evangélicos começaram a surgir com maior desenvoltura, quando transformações econômicas e sociais possibilitaram o aparecimento do homem urbano preocupado com uma ação política menos tutelada pelas elites e mais propensa à prática democrática.” “Na metade dos anos 1960, são eleitos os primeiros deputados pentecostais, os pastores paulistas Geraldino dos Santos (deputado estadual) e Levy Tavares (deputado federal), ambos da Igreja O Brasil para Cristo, fundada em 1956 por Manoel de Mello. Esta é a primeira igreja totalmente nacional, desvinculada dos missionários americanos e europeus. Todos são, notadamente, anticatólicos e anticomunistas. Quanto mais anticomunista, mais chances de sucesso junto aos militares e de assumir posições no quadro de dirigentes do país. Com essa mesma motivação, pastores e líderes das principais igrejas foram alunos da Escola Superior de Guerra nos anos 1970, graduando-se em Política, Estratégia e Segurança, consolidando suas posições ideológicas.” “Nas eleições presidenciais de 1989, o então candidato pelo PT, Luis Inácio Lula da Silva, assustou as lideranças pentecostais e neopentecostais que anunciavam a vitória petista como o fim da liberdade religiosa e início de perseguição aos crentes. Mais que ajudar na eleição de Fernando Collor, os pentecostais e neopentecostais, de acordo com Leonildo Silveira, ajudaram a derrotar Lula e o projeto político que ele representava.” “Além da definição de quantos e quem são os evangélicos brasileiros, pelo IBGE em 2010, também saberemos como será a formação do Congresso. A eleição de 2006 foi o pior revés para a bancada evangélica desde a década de 1980. Somente 30 eleitos, uma redução de 50% em relação a 2002, quando se elegeram 61 deputados federais ligados a igrejas evangélicas. A freada nesse avanço se deve à competição entre as igrejas pelo voto com identidade religiosa e aos escândalos.” Analisamos nos trechos algumas partes e uma delas analisamos que em determinadas foram criadas partes anticatolicas e anticamunistas, mas com intuito de que?Seria um dia fazer do Brasil um país teocrático? Em outras partes podemos analisar uma cruzada antilula em 89, talvez parecida com a mesma contra o Jefferson nos EUA, mas por questão diferentes, mas com isso acabaram dando vitoria ao Collor e resto da historia, todos nós já sabemos... O Brasil hoje é um estado laico, que te da uma liberdade de crença. Em sua historia, o o país já chegou a ser respeitado pela sua diversidade religiosa, mas hoje infelizmente graças a esse fundamentalismo, o país pode esta indo no caminho da divisão como na índia, pelo fato de sua religiosidade, artistas estão indo pelo mesmo caminho que alguns lideres pregam como no trecho da musica da banda gospel Metal Nobre. “Meu amor, não... Não me queira mal Amar a Deus sobre tudo para mim é essencial Vou dizer não tem que ser assim Mas se Deus não serve pra você Você não serve pra mim” Esse trecho infelizmente diz que crentes devem andar e casar com pessoas não crentes e ao decorrer desse tempo vai indo para política, pois para muita visão, seria mais fácil votar num crente do que não crente, e isso então se definiria o voto pela religião e não pelo caráter. Nada contra tenho de um cristão comandar um país, a Alemanha por exemplo é liderada por membros da união democrata cristã, mas o país não deixou de ser laico e nem eles governam com os preceitos bíblicos, como os daqui. Então temos que analisar que o Brasil é um pais diversificado. De um dia as pessoas terem direitos das suas escolhas, mesmo sendo homossexual, usuário de maconha, ser a favor do aborto e da eutanásia, membro de uma religião de matriz afro. Isso cabe a nós de escolher e não um parlamento por defesa de uma crença, pois quem realmente teme a deus, não vai importar se legalizar o aborto, a eutanásia e o casamento gay, porque ela vai seguir isso a risca e não vai fazer. Acho que esses políticos deviam fazer como o pastor mather Luther king e a madre Teresa de Calcutá, pois em vez de lutarem por causa de um preceito religioso, vejam nossas crianças que estão abandonadas, nossos idosos morrendo em fila de hospital, vão em lugares onde a pobreza é eminente, pois garanto que se Jesus fosse presidente do Brasil ele só faria o bem a todos, independente de cor, credo e opção sexual. MARCADORES: ESTADO LAICO, FUNDAMENTALISMO, POLÍTICA, RELIGIÃO ENVIAR POR E-MAIL BLOGTHIS! COMPARTILHAR NO TWITTER COMPARTILHAR NO FACEBOOK

2 comentários:

  1. Os defensores do homossexualismo querem criar um grupo de cidadãos acima da lei, a verdadeira luta é contra o cristianismo, porque do inicio ao fim a Bíblia condena a PRÁTICA homossexual, e considera pecado igual a matar, mentir, roubar, sem distinção, o homossexual é tão amado por Deus quanto qualquer outro ser humano, o que é condenado é a prática perniciosa do sexo entre dois homens ou duas mulheres.

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  2. Não confundamos a lei dos homens com a lei de Deus.
    A lei dos homens preconiza a liberdade de expressão através de pensamentos e atos, segundo os valores contemporâneos de uma sociedade, que são mutáveis.
    A lei de Deus preconiza o livre arbítrio, a tolerância e o amor entre todos.
    O cidadão de bem, independente de seus credos e valores pessoais, deve agir com isenção e espírito público como Jesus, Gandhi, Madre Teresa, Martin Luther King, Albert Schweitzer e outros tantos anônimos que ombreamos no dia-a-dia.
    Em termos de política temos que separar o joio do trigo, pois, existe muita politicagem por aí visando interesses escusos, segmentários, sectários. Na minha simplória opinião a política faz parte de todos os segmentos e situações comezinhas da sociedade, utilizada como um meio de arbitrar as diversas teses de convivência e se melhorar a convivência na mesma.

    Antonio Mário

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